5 de janeiro de 2012

Teresina: O protesto contra o aumento das tarifas de ônibus

Ah se aqui fosse como lá!
(o que não concordo é com a depredação)

  

via Viomundo - O que você não vê na mídia de Luiz Carlos Azenha em 05/01/12

Yala Sena, Direto de Teresina

No Terra, assunto sugerido pelo Ygor Leite

Os empresários de ônibus coletivos urbanos de Teresina retiraram de circulação nesta quinta-feira todos os cerca de 500 ônibus da cidade, após o quarto dia de protestos de estudantes contra o reajuste na passagem do transporte urbano. Mais de 200 mil passageiros foram prejudicados pela falta do serviço.
Em nota, o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Teresina (Setut), Herbert Miúra, disse que os empresários lamentavam a onda de protestos e estavam retirando os coletivos de circulação. Os manifestantes querem que o prefeito Elmano Férrer (PTB) revogue a passagem que aumentou de R$ 1,90 para R$ 2,10 no último sábado.

"O Setut lamenta não ter como garantir o direito de ir e vir da população na tarde desta quinta-feira. O atendimento acaba de ser suspenso. A Strans (Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito) determinou ao Setut que os ônibus sejam recolhidos as garagens por uma questão de segurança."
Hoje, os manifestantes queimaram e apedrejaram cinco ônibus nas ruas de Teresina. Segundo os empresários, nos quatro dias de protestos, 30 ônibus foram depredados. Nesta manhã, a prefeitura recebeu uma comissão de estudantes no Palácio da Cidade, sede do poder municipal, para tentarem um acordo. Após uma hora de discussão, não houve entendimento, e os protestos foram mantidos.
Cerca de 3 mil estudantes que estavam concentrados em frente à sede da prefeitura saíram em passeata pelas ruas e avenidas. Aos gritos de "mãos ao alto, R$ 2,10 é um assalto", eles bloquearam ruas e protestaram contra o aumento. A avenida Maranhão, um dos principais corredores de tráfego, ficou interditada por mais de uma hora. Os lojistas do Shopping da Cidade fecharam os estabelecimentos durante a passagem dos manifestantes.
Leonardo Maia, um dos líderes da Associação Nacional dos Estudantes Livres, afirmou que o movimento vai continuar até a prefeitura revogar o decreto que aumentou a passagem de ônibus. "Queremos a revisão da planilha e auditoria nos custos do transportes urbanos em Teresina", disse Leonardo Maia.

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